Título: Quatro Amigos
Título Original: Cuatro amigos
Autor: David Trueba
Editora: Francis (Landscape)
Ano: 2007 (nesta edição brasileira, na Espanha foi lançado em 1999)
Páginas: 285
- Skoob
Sinopse:
Título Original: Cuatro amigos
Autor: David Trueba
Editora: Francis (Landscape)
Ano: 2007 (nesta edição brasileira, na Espanha foi lançado em 1999)
Páginas: 285
- Skoob
Sinopse:
Nesta segunda investida na seara do
romance, David Trueba nos leva às lágrimas de tanto rir com as aventuras e
desventuras de quatro amigos em suas andanças pelo interior da Espanha, no
estilo de um verdadeiro on-the-road cheio de comicidade. Por trás dos encontros
inesperados - com a ginasta do leste europeu traficada como escrava branca na
Espanha e que não sabe uma só palavra de castelhano ou com a velha desbocada
que vive sozinha num hotel construído especialmente para ela pelo antigo
amante, ricaço de uma localidade perdida no interior, entre outros episódios
muito humanos -, vai se revelando aos poucos a séria história de amor do
personagem narrador, que irá se transfigurar, no fim do romance, no encontro
mais tragicômico de todos. Um verdadeiro romance de formação.
Celebrado pela crítica internacional, David Trueba é também roteirista e diretor de cinema, tendo obtido sólida reputação com o trabalho em Soldados de Salamina.
Celebrado pela crítica internacional, David Trueba é também roteirista e diretor de cinema, tendo obtido sólida reputação com o trabalho em Soldados de Salamina.
Resenha:
Quatro amigos, de seus “vinte e tantos
anos” entram de férias e decidem sair pela Espanha, sem rumo, da forma mais
desorganizada possível e com pouco dinheiro, dentro de uma van que cheira
fortemente a queijo, para celebrar a amizade, a liberdade e a juventude, que se
afasta cada vez mais.
Eles bebem, riem, falam, bebem mais,
aprontam e aos poucos vão revelando o íntimo de cada um. Deixando a mostra as
frustrações, os equívocos e a mediocridade que não fazem questão de deixar pra
trás.
“Ao vê-lo, pensei que as coisas mais decisivas da existência costumam acontecer acidentalmente, o que deveria nos dar uma pista sobre a nossa limitada importância, e, no entanto, persistimos em nos levar muito a sério. Nem sequer somos vítimas, somos pedaços de madeira em um oceano revolto.”
Nos deparamos com um mundo que é
concreto, quase palpável: uma história hilária, cheia de momentos engraçados,
mas que não deixa de contar com momentos de amargura e rancor ou de súbita
ternura. Assim como, creio, grande parte de nossas vidas.
“É curioso: as pessoas são capazes de mudar os peitos, o nariz, os lábios, mas nunca cogitariam mudar a cabeça. É uma coisa que poderia melhorar em quase doto mundo e, no entanto, o cérebro nos mantém enganados, faz com que acreditemos que somos os melhores. É um orgão supervalorizado, sem dúvida”
No decorrer do livro nos deparamos com
ótimas tiradas de Trueba, grande ironia e frases de efeito. Sem falar na
linguagem clara, simplificada, sem deixar de ser correta, que atrai todo tipo
de leitor.
“- Nem pensar. Outro dia li no jornal que a adolescência vai até os vinte e oito.- Não, Blas - disse -, a juventude termina quando o seu jogador de futebol favorito é mais novo do que você.”
O livro ainda conta com um toque de
romantismo, que angustia e se faz presente em todo momento em Só (apelido do
personagem-narrador),
“Eu, que nunca tinha tido um lar e nem sequer aspirava a um e, no entanto, encontrei-o em seus braços.”
e que acaba protagonizando mais
situações hilárias enquanto sofre por amor.
Acima de tudo, essa é uma história
sobre a amizade. Que me deixou com muita vontade de juntar minhas amigas e sair
por ai, assim como eles, sem rumo e sem propósito, só pra aproveitar a
companhia e os bons momentos.
Pra quem gosta do gênero, sem dúvidas, vale muito à
pena.
"Uma orgia de gargalhadas."
- Der Spiegel
"Um romande divertido,
transbordante de comicidade e humor, bem construído e escrito com graça e
frescor. Um passo adiante na confirmação de uma tragetória narrativa assentada
sobre bases sólidas." - Angel Basanta, de Lá Razón
"Transmite
ao leitor o mesmo prazer com que foi escrito." - Le Monde