Título: Para Sempre Ana
Editora: Caravansarai
Autor: Sergio Carmach
Editora: Caravansarai
Autor: Sergio Carmach
Ano: 2011
Páginas: 336
Páginas: 336
Sinopse:
Na
mística Três Luzes, o leitor percorre inicialmente três momentos
afastados no tempo, onde três homens, de três gerações da família
Rigotti, experimentam situações-limite pela influência de uma mesma
mulher: Ana. A partir daí, a narrativa o leva a uma instigante viagem,
nem sempre linear, entre meados do século XX e o início do XXI, na qual
os dramas, o passado, o verdadeiro caráter e os segredos de cada
personagem são pouco a pouco desnudados.
A trama é conduzida pela busca de Ana e pela busca por Ana,
forasteira misteriosa que abala os triluzianos e cuja trajetória se
funde à dos demais em uma história carregada de luzes e sombras. A busca
de Ana arrebata as emoções; a busca por Ana arrebata os sentidos. E
ambas surpreendem. Sempre que tudo parece esclarecido, detalhes antes
considerados sem importância provocam uma reviravolta geral na história.
Até o último capítulo.
Descubra se os mais atordoantes segredos de Três Luzes estão mesmo nos
céus ou no fundo da alma de seus moradores.
Resenha:
Se precisasse resumir esta obra em apena uma palavra, usaria "supreendente".
Para Sempre Ana conta a história de Ana obviamente, contada em três partes: Na primeira - Impressões Turvas - nos
é apresentada a introdução da história; na segunda - A Alma de Uma Mulher -, alguns
segredos são finalmente revelados, e podemos encotrar o desenrolar dos fatos; e na terceira - À Sombra do Crisântemo - temos um desfecho
incrível.
Quando Ana chega à pequena cidade de Três Luzes, traz consigo uma notícia que muda para sempre a vida de Carlos e toda a sua família, dando início assim, à trama principal da obra.
Um dos pontos positivos deste livro é que mesmo quando se pensa que todos os mistérios envolvendo os personagens já foram resolvidos e revelados, Sérgio Carmach ainda possui algumas cartas na manda que irão surpreender ao leitor.
“Vivemos sob o princípio da incerteza. Aos nossos olhos, a essência de um ente próximo pode ser apenas vislumbrada. A capacidade de melhor focá-la depende da observação, do bom senso e da inteligência.”- pág. 40
Um ponto interessante e que acho realmente que vale à pena ser comentado é que no início do livro o que sentimos sobre cada personagem pode não ser nada parecido sobre como nos sentimos sobre eles no fim, ao menos comigo foi o que houve.
Além disso, através de personalidades tão fortes, Sérgio sutilmente introduz discussões que envolvem fé, religião e ciência.
- Esqueça os padres. Estou chamando você somente para orar.
- Também não gosto de Deus. Aliás, nem sei se acredito em uma divindade.
- Não diga isso, meu filho. É Ele quem nos ampara nas hora difíceis.
- E quem cria as horas difíceis?
- Muitas vezes, esses momentos nos fazem crescer.
- Precisamos sofrer para crescer?- Pág 36
Outro ponto que gostei foi a escrita um pouco mais rebuscada, culta (mas ainda de fácil entendimento) usada pelo autor. Sérgio se utiliza também de um texto bastante descritivo, o que, nos faz mergulhar cada vez mais na cidade de Três Luzes e na família Rigotti.
Encontrei duas personagens das quais mais gostei: Ana, não por ser a principal, mas pela sua força, seu amor e fé. E Cláudia, por sua alegria de viver e espontaneidade.
Para Sempre Ana é uma ótima obra advinda do nosso querido Brasil Baranil (: Um exemplo de que obras nacionais podem ser tão interessantes quando qualquer outra obra estrangeira e de que devemos valorizá-las.